Por favor, falem com elas.















As nossas avós esmeravam-se no ponto cruz, as nossas mães apanharam com o ponto de pérola e as mulheres de hoje andam a braços com o ponto G.

O irónico de tudo isto é que de agulha na mão, rolo da massa ou de stiletto nos pés, as mulheres fazem de tudo para agradar os homens. Claro que lhes sabe bem chegar às administrações e aos governos, votar e viajar sozinhas, decidir se ficam em casa com os filhos ou se vão trabalhar para a Amazónia.

Mas, depois de tudo isso, quando as luzes se apagam e a cortina desce, querem ser amadas e desejadas.

Para isso, fazem o contrário do que faziam as suas bisavós, que nem á noite despiam as pesadas camisas de dormir para se deitar com os maridos.

Hoje, elas são convidadas a despir-se de luz acesa, vão aprender a dançar como dançavam as mulheres de moral duvidoso e não admitem que nós homens, procuremos nos braços de outras aquilo que podemos ter com elas.

Se precisamos que alguém nos pregue um botão da camisa, podemos ir à costureira, se estivermos com desejo de comer bacalhau à bráz, mandam-nos ao restaurante ou à secção de ultracongelados do supermercado.

Mas, se o assunto for dar prazer, por favor, falem com elas.
PF

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